segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Pagar ou não pagar 10%

Ontem fomos jantar a pedido do meu filho em um restaurante tradicional de Porto Alegre que ele não conhecia, sentamos em baixo de uma arvore fizemos o pedido e a comida estava boa, já estávamos tomando o cafezinho para ir embora quando começou a chegar um grupo de pessoas que estavam fazendo uma comemoração. Ao nosso lado estava uma pessoa sentada sozinha e estava na linha das mesas que seriam montadas para o grupo chegante, o gerente ou proprietário não sei ao certo, pediu a esta pessoa para sair daquele mesa, e a pessoa tentou argumentar porque a havia escolhido. Por alguma razão o gerente ou proprietário fez uma grosseiria que nos chocou. Disse ao cliente: "tu senta ali senão não vou te atender e vai te..." um palavrão que não tenho coragem de escrever aqui. Posteriormente vieram os seguranças convidar este cliente para ir embora. Quando pedi a conta veio lá escrito R$86,00 + R$8,60, os R$8,60 referentes aos 10% do garçon que não tenho o hábito de pagar e que foi reforçado, pelo comportamento inadequado do gerente com o cliente ao meu lado. Em relação ao pagamento dos 10%, eu ainda vou pesquisar, mas me parece que existia uma Lei que os restaurantes e acho que também hoteis podiam cobrar 10% sobre o valor da conta, pelo que sei esta lei foi revogada na decada de 70, e surpreendentemente após 3 décadas as pessoas insistem em cobrar algo que não existe mais, e o garçon ainda queria insistir para cobrar. Na década de 70, o garçon vinha a mesa fazia o pedido posteriormente trazia a bebida servia a cada um dos clientes na mesa, depois trazia a comida, servia a cada cliente e ainda quando o cliente ia repetir o garçon servia novamente o cliente, gostaria de saber se ainda tem em Porto Alegre algum restaurante assim, hoje ainda vamos a mais absurdo, outro dia fomos a um restaurante que era buffet, o garçon praticamente atirou os refrigerantes na mesa e quando veio a conta queria os 10%, eu disse que não pagava, então ele tentou me embaraçar perguntando se eu não tinha sido bem atendido, e eu disse a ele que não poderia avaliar o atendimente pelo simples fato de ter sido servido um refri. Vamos comparar um garçon a um vendedor de loja de roupas, o vendedor da loja traz um peça outra e outra e nem por isso ele se acha no direito de receber 10% do valor da compra, minha opinião é que esta pratica tem que acabar, e que cada empresa pague seus funcionários e eles parem de tentar embaraçar os clientes. Bem, comigo não funciona, mas tenho falado com algumas pessoas que tem a mesma vontade de fazer o que faço mas lhes falta coragem. Já pagamos coisas demais, além dos nossos deveres que são os impostos, temos: o pedágio que são vários em uma mesma rodovia, o flanelinha, o estacionamento dos shoppings, a caixinha do gari do carteiro, a falta de troco que é a balinha, a gorjetinha do entregador em geral, o presentinho no final do ano porteiro, etc etc, o salário não acompanha tudo isto.

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